Um grupo de estudantes resolveu desenvolver um projeto buscando a preservação de línguas indígenas. A ideia do trabalho surgiu em 2016, quando os jovens observaram que as novas gerações indígenas, não sabiam falar as línguas de sua etnia, somente o português.
Preservação de línguas indígenas
O motivo para a preservação de línguas indígenas é necessário porque a perda dessa identidade se deve ao receio dos mais antigos que tinham medo dos jovens não conseguirem posteriormente aprender o português ou sofrer preconceito por serem falantes de línguas indígenas.
Levando isso em consideração, os estudantes encontraram a necessidade de uma aplicação para preservar estas línguas, para que elas não se percam com o tempo e passem somente a ser história, mas sim que elas voltem a ser usadas e ensinadas como maneira de resistência e preservação desta cultura.
Quer conferir mais sobre o projeto? Leia o artigo produzido pelo grupo a seguir:

“Guaruak”
*Por Andressa Camargo Rocha, Isaias Valério Avila e Libni Alvarenga Vasques
*Coordenado por Carmem Silvia Moretzsohn, Evandro Luiz Souza Falleiros e Karina Kristiane Vicelli
A ideia do projeto
A ideia do projeto surgiu em 2016, quando foi visto que as novas gerações indígenas, não sabiam falar as línguas de sua etnia, somente o português. Tudo isso devido ao receio dos mais antigos, onde eles tinham medo de os jovens não conseguirem posteriormente aprender o português ou sofrer preconceito por serem falantes de línguas indígenas. Diante dessas análises, encontrou-se a necessidade de uma aplicação para preservar estas línguas, para que elas não se percam com o tempo e passem somente a ser história, mas sim que elas voltem a ser usadas e ensinadas como maneira de resistência e preservação desta cultura.
Os maiores desafios
Como o número de falantes são poucos, a dificuldade se encontra na coleta de áudios e termos para o dicionário do Guaruak. Além disso, nesta pandemia os alunos que residem na aldeia (Isaías e libni),não conseguem ir na casa de outros falantes tendo mais um obstáculo para a alimentação de termos na aplicação. A coleta que temos neste período pandêmico, são somente os que os estudantes conseguem com sua família, tendo em vista que todos tem seus afazeres e o tempo para a coleta acaba sendo pouco.
As maiores descobertas
Descobertas em si não tivemos no nosso projeto por conta dele não tentar descobrir algo “novo”, mas sim tentar re-descobrir algo que foi esquecido, mas eu creio que estudar uma cultura tão rica e tão pouco valorizada é a maior descoberta do projeto, não só na parte linguística, mas também as histórias e a cultura no geral de um povo é algo magnífico.

Como foi participar da Febrace
A participação na Febrace foi de grande aprendizado para todos na equipe, a experiência mesmo com o evento sendo realizado de forma virtual, superou todas as nossas expectativas. O frio na barriga esteve presente em todos os momentos, mas a vontade de apresentar nosso trabalho, as nossas realizações para os avaliadores falou mais alto. Todas as sugestões e conselhos foram absorvidas e com toda certeza, na próxima Febrace estaremos com o nosso projeto aprimorado. Além do mais, fomos contemplados com premiações, e isso só aumentou a nossa vontade de continuar e fazer cada vez mais pelo projeto.
Quais dicas daria para quem quer participar de uma feira de ciências?
A dica que temos para quem deseja participar de feiras científicas é confiar que seu trabalho é sim digno de estar ali entre tantos outros, e que mostrar suas ideias e esperanças, são maiores que qualquer prêmio, onde todos os conselhos dados para melhorar o projeto, sejam usados para cada vez mais seu trabalho evoluir.
*A divulgação desse artigo na íntegra é uma parceria entre o Manual do Mundo e a FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia). Nós convidamos os ganhadores da feira para escrever artigos sobre os projetos que eles desenvolveram. Você pode conferir outros textos como esse aqui.*